Programação
Os filmes da mostra, serão exibidos em Belo Horizonte, Minas Gerais :
Local – Cine Humberto Mauro (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte – MG)
Local – Cine Humberto Mauro (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte – MG)
Simonal – Ninguém sabe o duro que dei
11/11 às 19h
Simonal – Ninguém sabe o duro que dei (Dir. Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, 2009, 84 min.)
“Simonal – Ninguém sabe o duro que dei” traça a trajetória impressionante do ex-cabo de exército, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência. Através de depoimentos de amigos, inimigos e, principalmente, de imagens das exuberantes performances do grande artista, o filme mostra também as respostas que nunca apareceram. Simonal era informante da ditadura? Era favorável aos militantes? Ou seu maior crime foi ser negro, milionário, símbolo sexual num país e numa época em que existia muito racismo?
Bate-papo após a sessão com o diretor Cláudio Manoel e a jornalista Flávia Moreira.
Palíndromo
12/11 às 17h
Palíndromo Dir. Philippe Barcinski, SP, 2001, 11 minutos
Em um único dia um homem perde tudo que tem. É despedido do emprego, traído pelos colegas, expulso do hotel e desprezado por uma antiga namorada. É uma história comum contada de uma forma extraordinária.
Porto de Santos
12/11 às 17h
Porto de Santos Dir. Aloysio Raulino, SP, 1978, 18 minutos
O maior porto da América Latina é retratado através de seus doqueiros, marinheiros e prostitutas, e também dos navios, sons e cores que constituem sua paisagem.
Na Sua Companhia
12/11 às 17h
Na Sua Companhia Dir. Marcelo Caetano, SP, 2011, 21 minutos
A noite e a solidão estão cheias do diabo. Aí vem você e a agridoce vida.
Ladrões de Cinema
12/11 às 19h
Ladrões de Cinema (Dir. Fernando Coni Campos, 1977, 127 min.)
Durante o Carnaval, no Rio de Janeiro, uma equipe de cineastas norte-americanos tem seu material de filmagem roubado no bloco que eles estavam documentando. Os ladrões, do morro do Pavãozinho, resolvem eles mesmos fazer um filme, tendo a Inconfidência Mineira como tema. A população da comunidade adere à ideia com o mesmo espírito da preparação de uma escola de samba.
Bate-papo após a sessão com o filho do diretor, o músico Rubinho Jacobina e Ewerton Belico.
Vala Comum
13/11 às 17h
Vala Comum Dir. João Godoy, SP, 1994, 30 minutos
A partir de uma vala comum clandestina encontrada no Cemitério de Perus (SP), um passado mantido oculto emerge para exumar uma parte da história recente do país.
Juvenília
13/11 às 17h
Juvenília Dir. Paulo Sacramento, SP, 1994, 7 minutos
Um grupo de jovens munidos de ferramentas, pedras e pedaços de pau. Uma sequência de fotos em preto-e-branco.
Os Sapatos de Aristeu
13/11 às 17h
Os Sapatos de Aristeu Dir. Luiz René Guerra, SP, 17’
O corpo de uma travesti morta é preparado por outras travestis para o velório. A família, após receber o corpo, decide enterrá-lo como homem. Uma procissão de travestis então se encaminha para o velório para dizer adeus. Os sapatos são calçados. A morte é apenas uma janela.
Ato de Violência
13/11 às 19h
Ato de Violência (Dir. Eduardo Escorel, 1980, 112 min.)
Em liberdade condicional, após ter cumprido um terço da pena a que fora condenado, Antonio volta a cometer um crime quase idêntico ao primeiro: em um pequeno apartamento, no centro de São Paulo, estrangula e esquarteja uma mulher.
Preso em Caxias, após quinze dias de fuga, Antonio admite ter cometido o crime, assim como fizera da primeira vez, mas não dá nenhum motivo para seu ato.
Bate-papo após a sessão com o diretor Eduardo Escorel e Claudia Mesquita.
As Aventuras de Paulo Bruscky
14/11 às 17h
As Aventuras de Paulo Bruscky – Dir. Gabriel Mascaro, PE, 2010, 19 minutos
O artista Paulo Bruscky entra na plataforma de relacionamento virtual Second Life, conhece um ex-diretor de cinema, Gabriel Mascaro. Paulo encomenda a Gabriel um registro machinima em formato de documentário de suas aventuras no Second Life.
O Sanduíche
14/11 às 17h
O Sanduíche Dir. Jorge Furtado, RS, 2000, 13 minutos
Os últimos momentos de um casal: a hora da separação. Mas o fim de alguma coisa pode ser o começo de outra. Outro casal, os primeiros momentos: a hora da descoberta. Encontros, separações e um sanduíche. No cinema, o sabor está nos olhos de quem vê.
O Duplo
14/11 às 17h
O Duplo Dir. Juliana Rojas, SP, 2012, 25 minutos
Silvia é uma jovem professora. Certo dia, sua aula é interrompida quando os alunos veem seu duplo pela janela. Ela tenta ignorar a aparição, mas o evento perturbador passa a impregnar seu cotidiano e alterar sua personalidade.
Espelho de Carne
14/11 às 19h
Espelho de Carne (Dir. Antonio Carlos da Fontoura, 1984, 102 min.)
Para decorar seu novo apartamento o executivo Álvaro Cardoso compra em um leilão o espelho de cristal que decorava o quarto principal de um antigo bordel, o Palácio dos Prazeres de Madame Solange. Assim que é instalado no luxuoso apartamento, o espelho passa a emanar um estranho poder, que envolve o executivo, sua esposa, um casal de amigos, a vizinha desquitada e até mesmo a empregada, num frenesi erótico que rompe com todas as barreiras morais e psicológicas desses personagens. O espelho exerce seus estranhos poderes, até que o prazer torna-se horror: o espelho revela-se possuidor de algo demoníaco.
Bate-papo após a sessão com o diretor Antônio Carlos da Fontoura e o programação Samuel Marotta.
Eros, o deus do amor
15/11 às 16h
Eros, o deus do amor (Dir. Walter Hugo Khouri, 1981, 115 min.)
Marcelo Rondi, um rico empresário paulistano, dedica sua vida à busca de uma transcendência que o eleve a um plano acima das medíocres obrigações e aparências da vida cotidiana de um ser abastado: o sexo.
Bate-papo após a sessão com a atriz Nicole Puzzi e o crítico Donny Correia.
Redescobrindo Walter Hugo Khouri
15/11/25 às 14
Bate-papo Redescobrindo Walter Hugo Khouri
Neste bate-papo, o escritor e pesquisador Donny Correia faz um panorama de seu novo livro, “O cinema de Walter Hugo Khouri” (Cosac, 2025), estudo desenvolvido a partir de fontes primárias, ao longo de seis anos, e mais completo inventário sobre a obra de um dos cineastas mais importantes do cinema brasileiro. A edição busca resgatar e discutir a excelência estética e narrativa de Khouri, além de lançar novas propostas para a historiografia do cinema nacional.
O cinema de Walter Hugo Khouri
15/11/25 às 15h
Lançamento do livro “O cinema de Walter Hugo Khouri” (Cosac, 2025)
O cinema de Walter Hugo Khouri representa o primeiro estudo crítico completo sobre a obra do cineasta paulista Walter Hugo Khouri (1929–2003). O livro inclui filmografia detalhada com fichas técnicas, sinopses, reproduções de pôsteres e dezenas de fotogramas. A partir das memórias do autor sobre seu primeiro contato com o cinema de Khouri, em “sessões especiais” nas madrugadas da televisão, a obra traça uma narrativa de fascínio pelo diretor e por seu universo ao mesmo tempo mundano e metafísico. São analisados desde os primeiros filmes, nos anos 1950, que transitavam entre o noir e o aventuresco, até a maturidade polêmica do diretor, cujas obras denunciavam a hipocrisia da elite paulistana. A chamada Trilogia Cinza, produzida nos anos 1960 e que inclui o premiado e cultuado Noite vazia (1964), recebe destaque especial, com fotos de cena inéditas desse e de outros filmes. Prefácio de Inácio Araújo.
Donny Correia é mestre e doutor em Estética e História da Arte pela USP, poeta e escritor, além de pesquisador especialista em história do cinema brasileiro. É autor de dez livros, entre poesia e ensaios sobre arte e cinema, e professor do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo. Cria conteúdos sobre arte, cinema e psicanálise em seu canal do Youtube “Uma teia de ideias”.